A química da Liderança

05 fev 2018

Pertencimento.
Sentimento de aceitação.
Merecer respeito e ser respeitado.
Ter a certeza de que as pessoas gostam de você, do que você faz.

Estar nesse estado de consciência faz com que o fluxo da substância química serotonina, percorra suas veias!

A serotonina é responsável pela sensação de orgulho.
É a sensação que temos quando percebemos que os outros gostam de nós ou nos respeitam.
Faz-nos sentir fortes e confiantes, como se fôssemos capazes de qualquer coisa.
Mais do que elevar a confiança, eleva nosso status.
Como animais sociais, mais do que querer a aprovação dos “membros da nossa tribo”, precisamos dela.
Todos querem se sentir valiosos em função do esforço despendido em benefício de um indivíduo do grupo ou do grupo como um todo.
Se conseguíssemos obter essa sensação sozinhos, não haveria cerimônias de premiação, programas de reconhecimento nas empresas ou formaturas.
E com certeza não haveria necessidade dos ícones de LIKES que existem nas redes sociais!
Queremos sentir que nós (e nosso trabalho) está sendo valorizado pelos outros, e em especial pelos integrantes do nosso grupo, da nossa comunidade.

As celebrações de reconhecimento, de formatura, de valorização de conquistas, reforçam os vínculos entre as partes, quer sejam pais e filhos, professor e aluno (numa formatura), técnico e jogador (numa competição esportiva), chefe e funcionário, líder e seguidor (no mundo corporativo).

As substâncias controlam nossos sentimentos.
É por isso que podemos sentir de fato o peso da responsabilidade quando outros dedicam tempo e energia para nos apoiar.
Queremos que sintam que os sacrifícios que fizeram por nós, valeram a pena.
Não queremos desapontá-los.
Queremos que se sintam orgulhosos.
E se somos nós que estamos dando o apoio, sentimo-nos igualmente responsáveis.
Queremos fazer o melhor pelo outro para que ele possa realizar tudo aquilo a que se propôs.

Graças à serotonina, não temos a sensação de responsabilidade para com números; só nos sentimos responsáveis por pessoas.

É diferente numa maratona cruzar a linha de chegada sozinho, sem espectadores, em comparação com a presença de multidão de torcedores, gritando quando rompemos a fita.
Nos dois casos , o feito é o mesmo, o tempo é o mesmo, até o esforço é o mesmo.
A única diferença é que em um dos casos há outras pessoas torcendo por nós, presenciando nossa vitória.

A serotonina faz a gente se sentir bem.
Quanto mais damos de nós mesmos para o sucesso de alguém, maior nosso valor para o grupo e maior o respeito que sentem por nós.
Quanto maior o respeito e o reconhecimento recebidos, mais elevado nosso status no grupo e mais incentivos recebemos para continuar a contribuir com o grupo.
A serotonina trabalha para nos incentivar a servir aqueles por quem somos responsáveis diretos.
A serotonina nos estimula a nos esforçarmos para que se orgulhem de nós.

Aqueles que mais se esforçam para ajudar os outros a ter sucesso serão vistos pelo grupo como “líder” ou “alfa” do grupo.
E ser o “alfa” – o mais forte, que apoia o grupo, aquele disposto a sacrificar tempo e energia para que os demais possam ganhar – é um pré-requisito para a liderança.

Fonte:

Livro: Líderes se servem por último
Autor: Simon Sinek
Editora: HSM do Brasil