Amor perenizável

11 jul 2012

amor_infinito
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“As pessoas falam em amor à primeira vista.
Não creio que isso exista – a mim, parece ilógico, uma conexão impossíel, uma vez que o amor é uma construção, e não uma fagulha, um instante.

Acredito em paixão à primeira vista, pois é a paixão que solta faíscas, é a paixão que dá o disparo , a paixão que desassossega e faz perder a razão.

O amor é um produto da convivência, da admiração, do pensar sobre o outro, do sentir a ausência de maneira calma, e não em desespero.

Por isso, uma vida em paz é uma vida com amor, uma vida que surge depois que a energia explosiva da paixão se converte em amor perenizável.

Gosto mesmo da idéia de amar o amor – a capacidade de guardar aquilo que me faz bem.

É claro que a paixão também faz bem, mas só por um certo tempo.
Ela não pode ser persistente, caso contrário ela faz adoecer, ela descontrola, suspende a noção de tempo e espaço.

Assim, paz de espírito é aquilo que faz com que eu consiga orquestrar as minhas paixões de maneira que elas se convertam em energia positiva e controlável.

Por esse ponto de vista, para ter paz de espírito, viver em paz é saber que está fazendo o que precisa fazer.

Isso exige racionalidade.

Obedecer ao coração não é ser dominado pelo coração, não é excluir a razão.
Obedecer ao coração é agir em equilíbrio, numa parceria entre o coração e a razão.

Para mim, o equilíbrio ideal é aquele da bicicleta, o equilíbrio que só existe quando se está em movimento.

O equilíbrio não é ausência de emoção.
É ir aos extremos e não se perder.”

Fonte: Livro – O que a vida me ensinou
Autor: Mário Sérgio Cortella
Editora Saraiva

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