Pilar Jericó é empresária, escritora best seller , palestrante de sucesso e é reconhecida como uma das TOP Mulheres Líderes da Espanha. É considerada influencer e escreve para o jornal El País.
Em dezembro de 2017 ela publicou um artigo cujo tema sempre muito me atraiu, e que de verdade sei que muitas mulheres sofrem na pele, que é dificuldade de iniciar e manter um relacionamento na base da beleza da inteligência!
Que mulher que possui dentre muitos atrativos a inteligência, a estratégia, a rapidez de raciocínio, o dom da argumentação, o poder de brilhar além do físico, já não se deparou com a seguinte frase:
-Menina, você é inteligente demais!
-Nossa, você me assusta!
-Não sei se estou preparado para lidar com você!
E viu seu relacionamento não vingar, por medo de sustentar um relacionamento aonde a inteligência e o empoderamento feminino é uma das variáveis!
Quem nunca?
Pode até ser que os homens das gerações Y e Millenium estejam mais seguros e flexíveis com essas características, mas para a minha geração por exemplo, e para as gerações anteriores à minha, estar no controle total e absoluto do raciocínio e poder de decisão, e, porque não mencionar, do sucesso e desempenho em todas as áreas da vida, incluindo a profissional, era primordial para os alfa do relacionamento.
Separei trechos do artigo da Pilar Jericó para exemplificar muito do que vivi e observei ao longo da minha jornada pelos bancos escolares, das universidades, mestrado, cursos, e nas empresas por onde trabalhei.
” A inteligência de uma mulher atrai os homens?
Provavelmente uma grande parte dos homens diria que sim, claro.
Entretanto, se perguntássemos às mulheres, muitas responderiam justamente o contrário.
E curiosamente os dois teriam razão, segundo um artigo publicado em 2015 na revista Personality and Social Psychology Bulletin.
Lora Park, psicóloga social da Universidade de Buffalo (Estado de Nova York), e seus colegas Ariana Young e Paul Eastwick realizaram diversas pesquisas para comprovar o que acontece com os homens quando estão com uma mulher que parece ser mais inteligente que eles.
Num primeiro experimento, pediram que avaliassem uma garota hipoteticamente mais preparada e habilidosa em matemática e em inglês.
Todos eles qualificaram a moça como um par romântico desejável em longo prazo.
Até aqui tudo bem, essa era a teoria.
Mas e na prática?
Para responder, os pesquisadores criaram diversas situações em que as pessoas competiam entre elas.
Quando uma garota demonstrava ser mais inteligente que os rapazes, “num passe de mágica” ela deixava de ser tão atrativa aos olhos deles.
E, inclusive, os garotos chegavam a reconhecer que se sentiam inseguros na frente dela.
A conclusão do estudo acima, portanto, poderia ser resumida em uma ideia: teoricamente a inteligência da mulher atrai os homens, mas na prática e em distâncias curtas lhes causa insegurança (obviamente, sempre há exceções).
Pesquisas acadêmicas à parte, é provável que você conheça mulheres que considerem que a inteligência foi uma barreira na hora de encontrar parceiro e manter uma relação bem sucedida.
Também é possível que você conheça homens que apoiam as carreiras profissionais das suas parceiras e se sintam muito orgulhosos da sua inteligência.
De acordo, qualquer generalização é incorreta.
Mas, dito tudo isto, ainda hoje persiste uma parcela de homens que ficam inseguros ou que sentem sua masculinidade questionada quando estão diante de uma mulher brilhante.
Talvez esse resultado dependa da autoestima e da maturidade de cada um.
Necessitamo-nos mutuamente.
Tanto é que uma das chaves para o sucesso profissional de uma mulher (e de um homem) é ter um bom cônjuge, segundo Sheryl Sandberg, diretora financeira do Facebook.
De fato, das 28 mulheres que já foram diretoras-gerais de alguma empresa da lista Fortune 500, 26 são casadas, uma divorciada, e uma é solteira.
Mas as mudanças da sociedade são tão profundas que também estão afetando as dinâmicas entre o homem e a mulher, o que nos obriga a administrar novos medos, disfarçados de outro modo.
E para poder combatê-los bem é necessário melhorar o autoconhecimento a fim de ganhar confiança e segurança em si mesmo(a), e não pelo que o outro faça ou diga.
Também é importante se educar em inteligência emocional desde a infância, de forma que tanto os homens como as mulheres possam se preparar para os novos papéis sociais que irão viver.
E, obviamente, precisamos abrir novos diálogos dentro dos casais para encontrar os pontos de conexão e de colaboração, e não os de competição.
Só assim aprenderemos a superar as dificuldades que todos e todas nós enfrentamos.”
Livros da Pilar Jericó