Como ter motivação em tempos de crise?

03 out 2016
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Imagem: Google – Pixar & Disney – Procurando Dory

O filósofo Mário Cortella em seu novo livro  Por que fazemos o que fazemos?, dedicou um capítuto para Motivação em tempos de Crise!

Ele nos faz pensar na seguinte proposição:

“Existem momentos em que o vento muda de direção.

A economia pode passar por crises, o setor deixar de ter a pujança de outros tempos ou a empresa perder posições no mercado.

Nesses períodos de baixa, como encontrar motivação para continuar em busca de melhores resultados?

Imagine o ânimo de um representante comercial que tem que pegar a pastinha e ir em busca de clientes quando o mercado está pouco ou nada comprador.

Lidar com essas alternâncias também faz parte di aprendizado na carreira.

Não é agradável ter restrição, nunca o é, mas aprender a lidar com isso faz parte da formação de carreira.

Assim quando sofremos percalços na saúde e precisamos aprender a fazer dieta, a nos privar de comer alguns alimentos que nos dão satisfação.

É preciso encontrar caminhos e compreender que são períodos.

Conhecemos histórias de pessoas que ficaram desempregadas por um tempo, depois se levantaram, foram para outro lugar, fizeram sua carreira, aquilo foi um momento.

Também sabemos de um ou outro que tomou um tombo e nunca mais se levantou.

Qualquer sistema de organização do mercado de trabalho é submetido a oscilações.

De modo geral, seria possível dizer que alguém muito competente dificilmente ficaria fora do mercado.

Mas isso seria desconhecer que há situações de injustiça ou quando a função exercida pela pessoa se tornou desnecessária dentro do contexto.

Existem situações em que alguém fica desempregado por falta de empenho ou conduta inadequada.

Porém individualizar a responsabilidade pela demissão é sempre muito perverso.

Falar para o profissional que se vê alijado do mercado de trabalho manter a calma é jogar palavras ao vento.

Afinal de contas, passar por momentos de turbulência é algo perturbador.

Mas é importante manter a clareza de que essa circunstância não é definitiva e que nesse intervalo em que não consegue encontrar a ocupação desejada, é necessário abrir portas para outras ocupações, nem que seja de modo circunstancial, emergencial, para que se garanta a sua manutenção no dia a dia (venda de produtos, colaboração em projetos temporários, dar aulas particulares,etc).

Nesse momento a motivação é a necessidade e a percepção de que a situação não terá caráter de durabilidade.

Crer que haverá um momento no ciclo econômico em que haverá chance de recuperar o fôlego e retomar a caminhada.

É necessário para quem perde o trabalho não se retrair a ponto de entrar num momento depressivo.

A ausência de vitalidade predispõe a pessoa a se fechar dentro de casa e de si mesmo, em vez de ir para fora procurar alternativas.

Não se derrote por procurar e não encontrar, para não ser derrotado pela situação de não ter tentado.

É fundamental ter persistência!

É recomendável aproveitar para investir em aperfeiçoamento de competências: estudar, ler, ter ideias, se informar a respeito de casos bem sucedidos.

Vá a biblioteca, participe de eventos e faça cursos gratuitos.

É preciso vencer o abalo na autoestima e entender que é necessária tomada de atitude no que se refere ao estado de espírito.

Tal como há tempos de sol resplandecente, há momentos em que a penumbra vem.

Assim é na economia, assim é na nossa vida.

São os ciclos da vida e é importante encontrar forças para se levantar!

Podemos ser derrubados, mas não fomos dominados!

Ter essa consciência é o que nos dá coragem!”

Portanto, como diria Shakespeare, “or sink or swin”, ou você afunda, ou você NADA!!!

Continue a nadar!

Do Livro:
Por que fazemos o que fazemos?
Autor: Mario Sérgio Cortella
Editora Planeta

porquefazemos