Você, assim como eu, possui uma ou mais páginas em suas redes sociais.
Sim, é claro que eu sei que existem métricas que apuram o sucesso de um site, de uma página, através da quantidade de likes, curtidas, compartilhamento, acessos, retorno à página etc.
Para quem possui página comercial, e quer estar bem posicionado nas páginas do Google, pretende galgar ao “cargo” de youtuber, blogger ou digital influencer, conquistar patrocinadores, parceiros,
monetizar seu site, fazer negócios online ou até mesmo conquistar brindes e fazer sua caixa postal bombar de caixas de produtos brindes para serem experimentados e depois resenhados ou divulgados,
tudo isso é de extrema relevância.
Para os negócios on-line esses são indicadores de sucesso, com certeza!
Mas para quem usa de forma corriqueira as redes sociais, os instrumentos de mensagens instantâneas, etc, tornou-se uma doença essa dependência do retorno a cada post divulgado ou mensagem enviada.
Foi visualizado?
Teve resposta?
Está há quantos minutos, horas ou dias sem visualizar ou responder a mensagem?
Quantos likes obteve?
Alguém comentou? Quantos comentários?
Quantos compartilhamentos?
Meu evento social está gerando retorno, os convites estão sendo aceitos?
Sua identidade social, sua popularidade passou a ser medida por indicadores de impacto do que você gera de conteúdo, de imagens que posta, da sua criatividade, originalidade, aptidões artísticas e fotográficas e capacidade de viralizar uma divulgação.
As famosas competições por popularidade das teamleaders, dos lideres de turma, dos mobilizadores de atenção e capacidade de motivar, de dialogar, de agregar pessoas em torno de si, pela presença marcante, pela habilidade de comunicação e de negociação cara-a-cara, transformaram-se em competição por quantidade de seguidores virtuais, LIKES e comentários!
John Dewey, filósofo americano, diiz que a mais profunda das solicitações na natureza humana é “o desejo de ser importante”!
“O desejo de ser importante”!
“Os 5 minutos de Glória”!
O ego saciado, às vezes sob a forma de um avatar!
Temos muitos exemplos de pessoas famosas lutando para se sentirem cada vez mais importantes, pelos holofotes, tapetes vermelho da fama, e não é difícil constatar como elas não se saciam dessa sede de importância.
Nas mídias sociais estamos vendo pessoas comuns buscando essa satisfação da consideração que sempre almejou e que não teve facilidade de encontrar no mundo real!
E os adolescentes e crianças tendo esses parâmetros como verdades para correrem atrás.
Estímulos à popularidade virtual!
Já tem criança de menos de 8 anos que ao invés de querer ser professora, bombeiro, médico, bailarina, quer ser Youtuber quando crescer!
Temos que meditar e debater esses fatos e suas consequências em nossos lares, com amigos, nas escolas e preparar bem as gerações futuras sobre esses valores virtuais e seus possíveis impactos nas futuras frustrações diárias.
Isso sem mencionar os famosos comentários de – Lindaaaaaa!!! em qualquer foto que se publique.
Nossa comunicação online precisa ser sincera, precisa representar as entonações de voz e os sentimentos legítimos em nossos comentários.
Muitas pessoas se acham tão famintas, tão sedentas por apreciação que aceitam qualquer coisa, do mesmo modo que o homem que está morrendo de sede bebe até água salgada.
Qual é a diferença entre o elogio e a bajulação?
O elogio é sincero.
A bajulação é falsa.
O elogio vem do coração,
A bajulação vem da boca para fora.
Um é altruísta; a outra é egoísta.
Um é universalmente admirado; a outra universalmente condenada.
A bajulação raramente produz efeito em quem tem discernimento.
E assim como no mundo real, no mundo virtual a frivolidade da bajulação é percebida como falsa.
Por isso muito cuidado com suas expectativas e com seus posicionamentos nas redes sociais.
Eles expressam quem você é, traduzem sua personalidade, por mais que você possa se esconder num avatar.