Relendo uma materia de 2009, encontrei algo que esta super hiper atualizado…parece que foi escrito hoje!
Dicas para “enxugar” o orçamento da família na crise
Seja por mera precaução ou necessidade, a crise está obrigando muitas famílias a reduzirem os gastos para adequar o orçamento da casa a uma nova situação financeira.
Os casos de demissões e queda na renda exigem maior rapidez e cortes radicais, mas segundo especialistas em finanças pessoais, tudo deve ser feito em consenso com a família para não provocar ressentimentos.
A tendência inicial é diminuir a verba destinada ao lazer e despesas pessoais como beleza e acessórios.
No entanto, o consultor Gustavo Cerbasi adverte que acabar com pequenos prazeres pode causar insatisfação e problemas maiores na família.
“Isso funciona para equacionar as contas por um período de tempo e depois voltar ao normal.
Mas com a crise você não sabe quando esse período acabará.
Vários pequenos ajustes tendem a impactar o humor individual.
Quando começa a individualizar a economia, constrói-se uma raiva entre os indivíduos e a união é o mais importante neste momento.
Já grandes cortes para a família inteira conseguem unir todos em torno da mudança”, afirma.
Desse modo, trocar o carro por um mais barato e econômico pode gerar alguma reserva, assim como mudar para uma residência menor ou mais perto do trabalho, o que pode reduzir as despesas com transporte e luz, além do aluguel.
O presidente do conselho administrativo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), José Ronoel Piccin, aconselha que a família inteira participe das decisões.
“Tem que fazer um quadro, colocar as despesas e convocar a família para tentar cortar algumas coisas.
Quase todos os gastos da casa você consegue derrubar: água é possível cortar em banhos mais curtos, ao fazer a barba e escovar o dente, por exemplo”, diz.
Cerbasi também destaca outros dois possíveis “vilões” do orçamento familiar em tempos de crise.
“É preciso conscientizar família do custo a mais dos alimentos semiprontos.
Reunir a família na cozinha para preparar as refeições pode ser mais interessante”, aponta.
“A moda tem que ficar em segundo plano neste momento”, completa o consultor financeiro.
Depois de verificar se estas reduções já foram feitas, o corte de gastos pode passar para a parte de entretenimento.
Para não cair no marasmo e acabar com a diversão da família, existem muitas opções gratuitas de shows, espetáculos e passeios.
A preocupação em oferecer lazer a custos mais baixos também se tornou tendência.
“Devemos fazer um exame de consciência e verificar do que necessitamos.
Se tiver que comprar, é preciso regatear preço, se for à prestação, tem que ver as taxas de juros.
Para o consultor financeiro Marcelo Junqueira Ângulo, uma boa maneira de controlar os gastos fora de casa é sempre utilizar dinheiro em vez de cartão ou cheque.
“Um primeiro passo é utilizar menos o cartão de crédito/débito e passar a utilizar o dinheiro em espécie para ter uma noção de quanto é o gasto.
Datas comemorativas também podem ser uma verdadeira armadilha para desregular os gastos. Páscoa, Dia dos Namorados, assim como aconteceu no Natal, as pessoas têm que ver que é um momento de serem mais conscientes.
Nos últimos meses, o desemprego voltou a assustar os brasileiros.
As famílias afetadas diretamente pelas demissões em decorrência da crise não podem perder tempo.
“A única forma de lidar bem com o desemprego é usando a poupança, mas se não houver, é preciso se desfazer de um bem grande e futuramente pensar nisso como um momento de união”, indica Cerbasi.