Filho de peixe, peixinho é…

26 ago 2013
Foto: Google/Disney/Nemo
Foto: Google/Disney/Nemo

Você já se pegou pensando se profissão tem um quê de dom herdado?

Se habilidades são adquiridas ou são natas?

Se talento é da alma, do ser, da essência ou pode ser moldado?

E se for moldado pode não ser talento?

O quanto de você na sua carreira, na sua profissão, é seu dom natural, vem de dentro, ou é fruto das cirscunstâncias?

-“Sou psicólogo, mas a área de TI estava gerando muitos empregos, fiz um curso de tecnólogo e estou trabalhando em informática já há 20 anos”…

-“Sou admistrador, mas perdi meu emprego e hoje atuo como taxista”

-“Sou bailarina formada, mas precisava ganhar mais dinheiro do que a profissão poderia me oferecer e precisei fazer um curso de Letras para ter alternativas profissionais.

-“Vou fazer odontologia pois meus pais são dentistas e já tenho meio caminho andado, montar um consultório e conquistar uma clientela do zero não é para qualquer um!”

-“Venho de uma família de médicos e admiro a carreira, serei médico sob qualquer circunstância, é a minha devoção!”

-“Não há nenhum médico na minha família, não tenho condições de arcar com uma universidade particular, farei tantos vestibulares quantos necessários, mas serei médica!”

-“Desde pequena quis ser médica, mas quando parei para pensar na minha vida prática como mãe e médica, me percebi diante de uma dualidade enorme. Não sei fazer nada pela metade! Queria ser médica de âmbulancia, médica de CTI, médica oncológica, e isso não me permitiria ser uma mãe exemplar, a mãe presente que eu sonho em ser. Será que é isso que eu quero para a minha vida?”

Sou?

Estou?

O ser feliz nas decisões de carreira, o ponderar dons/talentos e o equilíbrio da vida, a sobrevivência financeira, a roda da vida com as crises econômicas, desempregos, dependências de concursos, de morar em grandes centros urbanos ou optar por morar em cidades do interior, nos faz pensar em todos os momentos sobre nossas escolhas e suas consequências futuras.

Ser é mais concreto do que estar.

Ser é mais dependente de você do que das circunstâncias, dá a você mais poder sobre suas decisões quaisquer que sejam as consequências.

Ter consciência dos seus dons, dos seus talentos natos é algo bem importante e que é um diferencial em qualquer desafio, pois você sabe do que é capaz!
Em todos os momentos!

Você não se deixa levar, você conduz!

Quando minha filha mais velha estava para decidir que carreira seguir, procuramos uma profissional que fez um trabalho de 10 sessões de psicopedagogia em orientação profissional.

Acompanhamos bem de perto cada etapa dessa evolução.

Um super instrumento que ajudou e muito a essa conscientização dos talentos e escolhas foi a “árvore genealógica das profissões e talentos”.

Construir a árvore genealógica da nossa família, listar as profissões de ambos os ramos, indo o mais longe e o mais lateral possível e além disso popular com os dotes de cada familiar (música, poesia, artes, desenho, etc), nos enriqueceu e muito o conhecimento de todos da família.

E pasmem, as sucessões de médicos filhos de médicos, de advogados, filhos de advogados, e de outras profissões não tão específicas, mas definidas pelos dons artísticos e até mesmo políticos, é impressionante e inacreditável!

De verdade, filho de peixe, peixinho é!