MARY FAIRFAX SOMERVILLE, escocesa, nascida em 1780 e falecida em 1872
foi uma escritora científica.
Em uma época na qual a participação de mulheres na ciência não era
encorajada, ela estudou matemática e astronomia.
Considerada pelos pais como uma criança “selvagem” foi encaminhada para
um nobre internato aos 10 anos.
Apesar de não ter tido as oportunidades de aprendizado que seu irmão,
mal aprendeu a ler e a escrever, mas já sabia calcular operações
aritméticas simples e falava um pouco de francês.
Seguiu aprendendo princípios básicos de geografia e astronomia.
Sempre foi muito ansiosa por aprender, e aprendeu latim com um tio.
Atenta às aulas particulares de matemática que eram ministradas ao seu
irmão, ela tinha as respostas mesmo antes dele, o que levou o tutor de
seu irmão à lhe dar aulas extra oficialmente.
Conseguiu, apesar de toda a dificuldade (pois uma mulher não entrava
numa livraria e adquiria um livro), uma cópia do tratado de Geometria
de Euclides e passou a ser auto-didata a partir de suas leituras.
Sempre proibida de estudar por sua família, ela estudava em segredo.
Após seu casamento, mesmo podendo estudar mais livremente, também não
obteve o apoio de seu primeiro marido, que duvidava de sua capacidade.
Teve 2 filhos e ficou viúva.
Sua herança após enviuvar lhe deu a liberdade financeira para
perseguir seus interesses intelectuais.
Seu segundo marido a encorajou e ajudou a estudar ciências físicas e
matemáticas.
Teve 4 filhos desse segundo casamento.
Nesse período, em função do seu talento, ela atraiu a atenção dos
homens de ciência mais eminentes da época.
Estudou os Principios de Newton, Astronomia física e Matemática
superior.
Publicou vános artigos sobre Física experimental.
A pedido de amigos cientistas, aos 51 anos, escreveu um prefácio
elucidativo e traduziu para o inglês o fabuloso e obscuro tratado de
Laplace, “Mécanique Celeste”.
Somerville foi admitida por sociedades científicas de vários países.
Foi a primeira mulher a ser admitida na Sociedade Real Inglesa de
Astronomia, e a Sociedade Real Inglesa de Ciências chegou a mandar
fazer um busto em sua homenagem e expô-lo no hall do prédio.
Entretanto, ela nunca pôde vê-lo, já que mulheres não podiam entrar
no prédio dessa Sociedade!
O restante de sua vida, ela continuou produzindo artigos científicos de
alto nível. Seu tratado “As conecções com as ciências físicas” foi
publicado em 1834 e bastante elogiado pelo físico Maxwell, descobridor
das leis do eletromagnetismo.
John Couch, o descobridor do planeta Netuno, atribuiu as primeiras
noções que ele teve da existência desse planeta a uma passagem que
ele leu na sexta edição desse livro.
Nos seus últimos anos de vida, escreveu suas memórias, reviu um
manuscrito sobre seu trabalho “Diferenças finitas” e quando morreu, aos
92 anos de idade, no dia 29 de novembro de 1872, ela estava analisando
um artigo sobre os quatérnios, um novo tipo de conjunto no espaço
quadrimensional que aparece na Álgebra Abstrata.
Fantástico conhecer mais sobre essa cientista!
Fonte: Google e wikipedia