Pesquisando sobre maturidade profissional, revisitando documentos antigos guardados em minhas estantes, encontrei um artigo publicado na Gazeta do Povo, em 15/01/2012 de autoria de Bernt Entschev, transcrevo um interessante trecho abaixo:
“De todos os fatores que considero cruciais no desenvolvimento profissional, um dos mais necessários, sem dúvidas, é a maturidade.
Mais importante que ter um desempenho acima da média, é ser um profissional que mede as consequências de uma atitude ousada, que equilibra o ego e motiva a equipe e pares de maneira eficaz e constante.
Um erro comum, porém, é a crença popular e intuitiva de muitos de nós ligarmos a palavra “maturidade” à palavra “idade”.
Lembro que o processo ou estado de maturidade se dá quando uma pessoa desenvolve – ou não – suas capacidades emocional, intelectual e moral.
Alguns profissionais têm um senso mais apurado para cada uma das áreas, outros profissionais simplesmente não desenvolvem estas percepções e podem passar a atrapalhar o desempenho de suas equipes.
Isso pode se dar pela falta de senso autocrítico e feedback, principalmente.
A maturidade não está somente no reconhecimento das responsabilidades e deveres que o trabalho de cada um exige, em qualquer posição hierárquica que esteja.
Está, também, no modo de se comunicar, escrever e, principalmente, nos atos.”
E ainda sobre o tema maturidade profissional, absolutamente correlacionada com inteligência emocional, complemento com uma ponderação de Wilson Mileris:
“É preciso considerar que as emoções são contagiosas, e a equipe é influenciada pela emoção de seu líder e de seus membros, positiva ou negativamente.
O fato é que os líderes, inteligentes emocionalmente, são maduros e capazes de reconhecer como os próprios sentimentos afetam o desempenho no trabalho.
Eles têm facilidade de enxergar o contexto geral numa situação complexa.
Portanto, precisam disseminar junto aos seus pares que a imaturidade é uma geradora de fracassos e que precisamos urgentemente de mais gerentes-amortecedores e esse tipo de gerentes nós encontramos entre os maduros emocionalmente que entendem que a inteligência emocional coletiva é o que separa as equipes de alto desempenho das equipes medíocres, uma vez que o desempenho profissional da equipe é diretamente proporcional à habilidade do líder e da equipe de lidar com o clima emocional e os relacionamentos interpessoais da equipe.”
Finalizando cito a querida Coacher e Palestrante Ana Maria Magni Coelho em um trecho de matéria sobre maturidade profissional em seu excelente Lounge Empreendedor.
“Bons profissionais são aqueles que unem a capacidade de gestão operacional e estratégica.
Não basta apenas aprender constantemente, é preciso estar pronto a compartilhar, ensinar e construir coletivamente.
Liderança, administração de conflitos, persuasão e iniciativa são características apreciadas.
O profissional senior é alguém que deve apresentar um maior controle emocional, evitar decisões por impulso e demonstrar boa (e clara) visão de negócios, planejamento, liderança consolidada e desenvolvimento de pessoas.
Conseguir transformar idéias em ações, formar sucessores, fazer acontecer e ser exemplo são atributos que consolidam uma carreira.
Nada de agressividade e autoritarismo.
A palavra é assertividade.
O universo dos negócios é como um jogo de xadrez.
Amadores esperam a jogada do rival para só então pensar em como mexer suas peças.
Já os profissionais vislumbram três, quatro jogadas à frente e desenham o jogo de sua própria concorrência.
Atingir a maturidade profissional é saber jogar e ter a capacidade de transformar conhecimento em sabedoria.”