“Uma das maiores dificuldades em superar experiências desagradáveis ou difíceis é querer fazê-lo num passe de mágica, ignorando-as.
Ou seja, por decreto.
O passado não vai embora por decreto.
Rejeitar essa parte não produz a transformação real, porque ela volta entristecida por ter sido abandonada.
É como uma auto-mutilação.
O problema está em tentar fazer a mudança por fora, cosmética apenas.
Se um comportamento se manteve até agora é porque ele traz algum benefício.
Por exemplo, se um gerente percebe que seu estilo de gestão não mais se aplica à realidade da empresa ou de mercado, pode investir grandes esforços para mudar.
Tenta demonstrar novos interesses e compet~encias, tenta capacitar-se ecom cursos e palestras.
Mas se não mudar atitudes, tudo será em vão, pois nada dará resultados.
Todos se irritam pois percebem a falsa mudança, mesmo que ele esteja sofrendo com todo esse esforço sem resultado.
O passado precisa ser compreendido, incorporado e, então, enterrado com dignidade.
Não significa abandonar parte da bagagem, nos livrarmos do “fardo”.
É preciso compreender que este passado, sob forma de comportamento, sentimentos, hábitos ou qualquer outra característica pessoal, pertenceu a nós.
Fez parte de quem fomos.
Teve sua utilidade na jornada até este momento e foi útil.”
Ane Araújo no Livro Coaching – um parceiro para o seu sucesso.
Editora Campus/Elsevier