Resgatei um email que recebi em 2008, com um texto de autoria de Célia Spangher.
Na época considerei receber essa análise tão interessante, como um presente!
Julgo que identificar e valorizar talentos humanos e talentos profissionais, no mundo corporativo, é o que diferencia os chefes dos líderes!
Muitas organizações substituem alguns profissionais e acham que todas as atividades continuam sendo feitas do mesmo jeito!
Em certos casos, até acontece!
Mas em muitos cenários a energia dissipada para restaurar o impacto da mudança, traz consequências intangíveis que, ao longo do tempo são atribuídas a outros ofensores, que não às decisões de mudança precipitadas ou desnecessárias (para o momento, ou para aquele contexto).
Profissionais são substituíveis, pessoas se tornam inesquecíveis!
Gênios, destaques, mentes brilhantes são insubstituíveis e inesquecíveis, pois fazem história!
As pessoas inesquecíveis, que se tornaram profissionais substituíveis, com o passar do tempo continuam presentes nas mentes de quem acompanha o profissional que o substituiu…
E nesse Dia do Trabalho, segue minha homenagem aos Trabalhadores que estão desempregados ou que já sofreram perdas irrecuperáveis em função de desemprego!
“Na sala de reunião de uma multinacional, o CEO nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostragráficos e olhando nos olhos de cada um, ameaça:
“-Ninguém é insubstituível”.
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.
Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta, e o CEO se prepara para triturar o atrevido:
– Alguma pergunta?
– Tenho sim. E o Beethoven?
– Como? – o CEO encara o gestor, confuso.
– O senhor disse que ninguém é insubstituível, e quem substitui o Beethoven?
Silêncio.
Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal, as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização, e que quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
(***ouso incluir aqui alguns talentos não citados: Madre Theresa de Calcutá, Elis Regina, Nara Leão, Maria Clara Machado, Leila Diniz, Elizabeth Taylor, ….)
Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem – ou seja – fizeram seu talento brilhar.
E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.
Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar “seus gaps”.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se o Elder desmaiava, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico.
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro.
Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se você ainda está focado em “melhorar as fraquezas” de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven e Leozinhopor serem surdos e Gisele Bundchen por ter nariz grande.
E na sua gestão, o mundo teria perdido todos esses talentos.”