Ninguém é insubstituível!

01 maio 2011

Resgatei um email que recebi em 2008, com um texto de autoria de Célia Spangher.

Na época considerei receber essa análise tão interessante, como um presente!

Julgo que identificar e valorizar talentos humanos e talentos profissionais, no mundo corporativo, é o que diferencia os chefes dos líderes!

Muitas organizações substituem alguns profissionais e acham que todas as atividades continuam sendo feitas do mesmo jeito!

Em certos casos, até acontece!

Mas em muitos cenários a energia dissipada para restaurar o impacto da mudança, traz consequências intangíveis que, ao longo do tempo são atribuídas a outros ofensores, que não às decisões de mudança precipitadas ou desnecessárias (para o momento, ou para aquele contexto).

Profissionais são substituíveis, pessoas se tornam inesquecíveis!

Gênios, destaques, mentes brilhantes são insubstituíveis e inesquecíveis, pois fazem história!

As pessoas inesquecíveis, que se tornaram profissionais substituíveis, com o passar do tempo continuam presentes nas mentes de quem acompanha o profissional que o substituiu…

E nesse Dia do Trabalho, segue minha homenagem aos Trabalhadores que estão desempregados ou que já sofreram perdas irrecuperáveis em função de desemprego!

“Na sala de reunião de uma multinacional, o CEO nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostragráficos e olhando nos olhos de cada um, ameaça:

“-Ninguém é insubstituível”.

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.

Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta, e o CEO se prepara para triturar o atrevido:

– Alguma pergunta?

– Tenho sim. E o Beethoven?

– Como? – o CEO encara o gestor, confuso.

– O senhor disse que ninguém é insubstituível, e quem substitui o Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal, as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização, e que quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

beethoven
Quem substitui Beethoven?

tomjobim
Tom Jobim?

senna
Ayrton Senna?

ghandi
Ghandi?

sinatra
Frank Sinatra?

caimmi
Dorival Caymmi?

garrincha
Garrincha?

Alberto Santos Dumont
Santos Dumont?

monteirolobato
Monteiro Lobato?

kennedy
John Kennedy?

elvis-presley
Elvis Presley?

beatles
Os Beatles?

jorgeamado
Jorge Amado?

paul newman
Paul Newman?

einstein
Albert Einstein?

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Picasso?

(***ouso incluir aqui alguns talentos não citados: Madre Theresa de Calcutá, Elis Regina, Nara Leão, Maria Clara Machado, Leila Diniz, Elizabeth Taylor, ….)

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem – ou seja – fizeram seu talento brilhar.

E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.

Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar “seus gaps”.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se o Elder desmaiava, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico.

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro.

Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se você ainda está focado em “melhorar as fraquezas” de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven e Leozinhopor serem surdos e Gisele Bundchen por ter nariz grande.

E na sua gestão, o mundo teria perdido todos esses talentos.”