No Pilates, a calma!

16 set 2010

pilatis

Para tudo na vida há um estilo.
Basta você se observar e encontrar o seu – estilo de aprendizagem, estilo de vestuário, estilo de música, de literatura, de filmes, de esportes…
Há muito tempo tenho tentado encontrar o meu estilo de atividade esportiva.
Gosto de caminhadas, não gosto de corridas.
Gosto de natação, mas não gosto de estragar o cabelo com o cloro.
Gosto de dançar, mas não gosto de desagradar quem não gosta tanto de dançar e me faria companhia.
Gosto de musculação, mas não tenho muita força de vontade para chegar no patamar que gostaria de estar.
Gosto de academia, mas não gosto de comparar meu fôlego e meu ritmo com os colegas ao lado.
Por isso, fiquei M A R A V I L H A D A quando, recentemente, descobri o Pilates!!!

No primeiro dia, estranhei a falta de gente…. apenas 3 pessoas por turma.
No segundo dia, fui advertida pela velocidade que imprimia aos movimentos, não precisava…
Estranhei não ter que ficar na fila da esteira, na fila dos aparelhos, amarrando tênis, bebendo água, soando em bicas…
Estranhei não ter professor te motivando a continuar, a aumentar o ritmo, a aumentar o peso, e sim um fisioterapeuta consertando sua postura, alertando para a sua respiração, pedindo concentração em cada movimento.
Que estranha sensação de alívio de tensão, de paz, de equilíbrio.
E, como trabalha cada músculo do corpo, como faz diferença na rigidez muscular e no alongamento da coluna.
Meu enteado é fisioterapeuta e já tinha me contado diversos casos de retorno espetacular do Pilates em pessoas de diversas idades.
Ele sempre me incentivava a experimentar mas nunca tinha tido oportunidade.
Fiquei muito curiosa como alguém pode idealizar algo tão diferente, como molas e equipamentos tão práticos e simples, como as bolas, os elásticos que mais parecem câmaras de pneu.
E questionei à minha personal fisioterapeuta simpática, atenciosa, dedicada, tranquila, cuidadosa, competente sobre o criador do Pilates.

Ela me contou, como uma situação cotidiana, através da genialidade de uma pessoa, se tornou essa técnica tão interessante e tão praticada hoje em dia.
Mais um exemplo de pessoa iluminada que contribuiu para ajudar pessoas, que fez diferença para toda uma geração, para a humanidade, deixou sua marca registrada.
Fui na Internet procurar essa história para apresentá-la aqui e achei interessante postar essa matéria de Renata Moraes, Instrutora Pilates StudioFit, certificada pela STOTT PILATES.
Aqui vai:
O método Pilates foi criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates no início do século XX e chamado inicialmente de Contrologia. Somente após a sua morte, foi dada à técnica o nome de Pilates, ou seja, o controle consciente de todos os movimentos do corpo com a utilização e aplicação adequada dos princípios das forças que atuam no nosso corpo.
Joseph H. Pilates nasceu na Alemanha, em 1880, e teve uma infância marcada por um estado de saúde muito delicado. Dentre outras coisas ele sofria de asma, raquitismo e febre reumática. Incentivado por seus pais, começou a praticar diferentes atividades físicas: lutas e artes marciais, esqui, mergulho, atividades circenses, ginástica olímpica, yoga, entre outras.
Junto à sua prática, Joseph estudou anatomia, fisiologia, medicina oriental e ocidental.
Ele acreditava que ser saudável era ter uma mente forte e com ela obter o controle total do próprio corpo.
No início da I Guerra Mundial, estava morando na Inglaterra como lutador profissional de boxe. Por ser alemão, foi considerado “inimigo estrangeiro” e preso num campo especial para essas pessoas. Lá, encorajou seus colegas a participarem de um programa estruturado por ele de exercícios no solo.
Em outro campo, já no final da I Guerra, aplicou seus conhecimentos para ajudar na reabilitação de soldados feridos e mutilados pela Guerra.
Começou, então, a experimentar exercícios utilizando as molas das camas e outros acessórios improvisados, e descobriu que eles possibilitavam o condicionamento de pacientes debilitados que permaneciam muito tempo deitados e sem se movimentar.
Em 1926, desiludido com o exército e a política alemã, decidiu ir para os Estados Unidos.
Na viagem, conheceu e casou-se com Clara, uma enfermeira que foi sua aluna/paciente no navio e que, posteriormente, muito ajudou na sistematização do método.
Joseph e Clara fundaram o primeiro estúdio de Pilates em Nova York, num prédio destinado a estúdios de dança.
Através do condicionamento e da reabilitação de lesões dos bailarinos o método foi sendo difundido para outros setores da sociedade.
Desde o início, o método foi baseado em alguns princípios básicos: respiração, concentração, centro, precisão, controle e fluidez.
No entanto, com o aparecimento de novas conhecimentos científicos relacionados ao corpo humano, especialmente na área da anatomia e da biomecânica, estes princípios sofreram algumas adaptações, bem como alguns dos exercícios e suas variações.
Estas modificações ocorreram com o intuito de facilitar o entendimento do método, bem como, aumentar a segurança na execução dos movimentos e ampliar o atendimento à diferentes populações e necessidades.

Você já fez Pilates? Não, então experimente…
Quem sabe, você não vai encontrar no Pilates, o que encontrei, a calma.