Conclui a leitura de um dos melhores livros que li nos últimos 5 anos!
O relato de experiências da vida real de um menino americano pobre que se tornou um neurocirurgião de sucesso e todos os erros e acertos dessa trajetória, aonde corpo e mente, cérebro e coração, físicos, se conectam e se explicam com sentimentos como bondade e compaixão, dentre outros.
Comecei a ler “A maior de todas as mágicas” do Dr James R. Doty, da Editora Sextante, sem muita expectativa e fiquei absolutamente encantada!
Sei que esse livro me acompanhará por muito tempo!
Será do tipo vou presentear muito!
Vou recomendar muito!
E o meu exemplar eu não dou, não empresto, não marco, e não sairá da cabeceira para ler e reler sempre, bem como todas as minhas anotações a partir da leitura…..
As MINHAS Mágicas!
Para compreender a conexão entre cérebro e coração, para entender como esses dois órgãos funcionavam interagindo, Dr Doty, neurocirurgião reuniu pesquisadores em psicologia e neurociências na Universidade de Stanford.
Pesquisas indicavam que atos de compaixão, altruismo e bondade afetavam os centros de recompensa e a fisiologia periférica.
A compaixão e a bondade faziam bem à saúde.
Propõe que se abra o coração, diariamente, com uma prática matinal de relaxamento do corpo, de acalmar a mente e de recitar o que chamou de “Alfabeto do Coração“, como uma intenção poderosa para o dia!
Propago aqui essa “receita mágica” para nos centrar a cada dia, vamos ao “Alfabeto do Coração“:
AMOR, quando gratuitamente oferecido, muda tudo e todos.
É o amor que encerra todas as virtudes.
É o amor que cura todas as feridas.
Em última análise, o que cura não é nossa tecnologia nem nossa medicina, mas nosso amor.
E é o amor que contém nossa humanidade.
BONDADE é a preocupação com os outros e costuma ser vista como o componente ativo da compaixão.
É um anseio de ver os outros bem cuidados, sem qualquer desejo de benefício ou reconhecimentos pessoais.
O extraordinário é que as pesquisas mostram que o ato de bondade beneficia não apenas aqueles que o recebem, mas também quem o pratica.
O ato de bondade surte um efeito em cascata e torna mais provável que os amigos e as pessoas que nos cercam sejam mais bondosos.
Trata-se de um contágio social que corrige nossa sociedade.
E, em última análise, a bondade volta para nós, nas boas sensações que gera e na maneira de os outros nos tratarem…com bondade.
COMPAIXÃO é o reconhecimento do sofrimento do semelhante, com um desejo de aliviá-lo.
No entanto, para ser compassivo com o outro, o indivíduo deve ser compassivo consigo mesmo.
Muitas pessoas agridem a si mesmas com uma crítica exagerada, não se permitindo desfrutar da mesma bondade que ofereceriam aos outros.
E, se o indivíduo não é verdadeiramente bondoso consigo, torna-se quase impossível oferecer amor e bondade aos outros.
DIGNIDADE é uma coisa inata em cada pessoa.
Merece ser registrada e reconhecida.
É muito frequente julgarmos as pessoas por sua aparência, seu modo de falar ou sua conduta.
E, muitas vezes, esses juízos são negativos e equivocados.
Temos que olhar para o outro e pensar: “Ele é igual a mim. Quer o que eu quero – ser feliz.”
Quando olhamos para os outros e nos vemos, temos vontade de estabelecer vínculos com eles e de ajudá-los.
EQUANIMIDADE é ter uniformidade de temperamento, mesmo nos momentos difíceis.
A equanimidade destina-se aos bons e maus momentos, porque, msmo durante os bons momentos, há uma tendência a tentarmos manter ou reter esse sentimento de exultação.
Mas tentarmos agarrar-nos ao que é bom nos distrai de nos fazermos presentes no aqui e agora, do mesmo modo que a tentativa de fugir dos maus momentos nos distrai.
Tentar reter esse sentimento de exultação não é realista, não é possível e só leva a desapontamentos.
Todos esses altos e baixos são transitórios.
Manter a uniformidade do temperamento permite a clareza da mente e a intenção.
GRATIDÃO é o reconhecimento da bênção que é a nossa existência – mesmo com toda a dor e sofrimento.
Basta um pequeno esforço para ver quanta gente no mundo sofre e sente dor.
Gente cujas circunstâncias de vida permitem pouca esperança de um futuro melhor.
Com muita frequência, e especial na sociedade ocidental, olhamos uns para os outros e sentimos ciúme ou inveja.
A simples reserva de alguns momentos para sentir gratidão surte um efeito enorme em nossa atitude mental.
De repente, reconhecemos quanto somos abençoados.
HUMILDADE é um atributo que, para muitos, é difícil de praticar.
Temos orgulho de quem somos ou do que realizamos.
Queremos contar e mostrar aos outros como somos importantes.
Como somos melhores do que os demais.
A realidade é que esses sentimentos são uma afirmação da nossa insegurança.
Buscamos reconhecimento do nosso valor fora de nós mesmos.
Mas fazer isso nos separa dos que estão à nossa volta.
É como sermos postos em confinamento, e esse é um lugar muito isolado e solitário.
Somente quando reconhecemos que, tal como nós, todas as pessoas têm atributos positivos e negativos podemos de fato nos interligar.
É nesse vínculo de humanidade comum que nos liberta para abrirmos, incondicionalmente, nosso coração.
Para vermos o semelhante como um igual.
INTEGRIDADE exige intenção.
Exige definir os valores que são mais importantes para você.
Significa praticar, de modo sistemático, esses valores em sua interação com os outros.
Nossos valores podem facilmente se desintegrar, e é preciso cuidado, pois essa desintegração pode ser imperceptível.
Quando comprometemos nossa integridade uma vez, torna-se muito mais fácil fazê-lo de novo.
Poucos começam com essa intenção.
Fique atento e seja diligente.
JUSTIÇA é o reconhecimento de que cada um de nós vive o desejo de ver a justiça ser feita.
É mais fácil sermos justos quando possuímos recursos e privilégios.
No entanto, precisamos defender a justiça para os vulneráveis.
É nossa responsabilidade buscar justiça para os vulneráveis, cuidar dos fracos, doar aos pobres.
É isso que define nossa sociedade e nossa humanidade e o que dá sentido à vida.
PERDÃO é uma das dádivas que pdoemos oferecer aos outros.
É também uma das maiores dádivas que podemos oferecer a nós mesmos.
Muitos usam a analogia que diz que nutrir raiva ou hostilidade por alguém que achamos ter sido injusto conosco é como tomar veneno e esperar que ele a outra pessoa.
Não funciona.
Envenena a gente.
E envenena nossas interações com os outros.
Envenena nossa visão de mundo.Em última análise, faz da pessoa uma prisioneira; prisioneira em uma cela de cuja porta ela possui a chave, mas se recusa a destrancar.
A realidade é que todos nós já fomos injustos com nossos semelhantes em algum momento.
Somos seres fracos e frágeis que, em situações diversas da vida, não ficamos à altura do nosso ideal e ferimos ou magoamos outras pessoas.
O truque do “Alfabeto do Amor” nos liga ao nosso coração e nos permite que ele se abra.
Permite que comecemos cada dia com uma intenção e um propósito.
E, ao longo do dia, ao ficar estressado ou se sentindo vulnerável, adotar esse truque faz voltar ao nosso centro, ao lugar em que desejamos estar.
É a linguagem da nossa intenção.
É a linguagem do coração.