Marshall Goldsmith é um dos maiores nomes quando se fala em executive coaching.
Recentemente assisti palestra ministrada por Brian Underhill, que atuou com Marshall em seu início de carreira e compartilhou uma série de experiências incríveis com esse profissional de extremo sucesso!
Fui pesquisar sobre seu livro O que o trouxe aqui não o levará adiante, que tem como objetivo ajudar a identificar e a quebrar os maus hábitos que impedem as pessoas extremamente bem-sucedidas de serem mais bem-sucedidas ainda e interferem nessa trajetória de sucesso.
Demonstra por que algumas pessoas continuam a progredir enquanto outras estacionam em determinado patamar e dali não saem.
O livro cita os “Vinte hábitos que impedem as pessoas de chegar ao topo”, que são:
1. Vencer sempre: a necessidade do indivíduo hipercompetitivo de ser melhor do que os outros “está na base de quase todos os seus problemas comportamentais”.
2. Agregar valor demais: isso acontece quando você fica o tempo todo tentando melhorar idéias perfeitamente viáveis de seus colegas ou subordinados. “É extremamente difícil para as pessoas bem-sucedidas, ouvir de outros alguma coisa que elas sabiam sem com isso passar uma mensagem do tipo (a) ‘eu já sabia disso’ e (b) ‘há um jeito melhor de fazê-lo’.”
3. Ser muito crítico: evite uma crítica desnecessária.
4. Fazer comentários destrutivos: todos somos tentados a nos comportar de maneira insensível ou mesquinha de vez em quando. Contudo, quando sentirmos o desejo de criticar, deveríamos ficar atentos para o fato de que comentários negativos gratuitos podem interferir em nossa relação de trabalho.
5. Sempre começar uma frase com “Não”, “Mas” ou “Contudo”: quase todos fazemos isso, e a maioria de nós não percebe. As pessoas impõem essas palavras aos outros para ganhar ou consolidar seu poder.
6. Dizer ao mundo como somos inteligentes: “Essa é outra variação da nossa necessidade de vencer.”
7. Falar quando se está nervoso: ver número quatro.
8. Negatividade, ou “Deixem-me explicar por que isso não vai funcionar”: negatividade pura e sem adulteração, disfarçada pelo desejo de ajudar.
9. Reter informações: este mau hábito tem a ver com poder. As pessoas mais bem-intencionadas fazem isso o tempo todo. “Agimos desse modo quando estamos ocupados demais para repassar a alguém informações importantes. Agimos assim quando delegamos uma tarefa a nossos subordinados mas não gastamos tempo com eles mostrando exatamente como queremos que a tarefa seja executada.”
10. Deixar de reconhecer o mérito de alguém: “Este comportamento é primo do anterior.”
11. Exigir crédito por algo que não fizemos: para descobrir quando é que fazemos isso, Goldsmith recomenda que façamos uma lista de todas as vezes que elogiamos a nós mesmos durante o dia. Depois, sugere que passemos em revista a lista para ver se merecíamos mesmo tanto crédito.
12. Dar desculpas: fazemos isso de forma ríspida (culpando o trânsito por nossas falhas, ou a secretária, ou qualquer coisa que não seja nós mesmos) e sutilmente (através de comentários autodepreciativos sobre como costumamos sempre nos atrasar, ou adiar os compromissos, ou perder o bom humor. Em outras palavras: “É assim que eu sou”).
13. Apegar-se ao passado: “Entender o passado é perfeitamente admissível se o que está em jogo é aceitar o passado. Mas se você está preocupado em alterar o futuro, entender o passado não vai ajudá-lo nessa empreitada.” Muitas vezes, nós nos apegamos ao passado porque ele nos permite culpar os outros por coisas que deram errado em nossa vida.
14. Privilegiar os favoritos: esse tipo de comportamento cria bajuladores; premiar bajuladores cria líderes superficiais.
15. Recusar-se a pedir desculpas. “Quando você diz, ‘Sinto muito’, você ganha aliados, e mais do que isso, ganha parceiros.” Peça desculpas — face a face — a todo colega de trabalho que tenha concordado em ajudá-los a melhorar.
16. Recusar-se a ouvir: esse tipo de comportamento se expressa por meio de frases do tipo: ‘Pouco me importa o que vai acontecer a você’; ‘Não compreendo você’; ‘Você está errado’; ‘Você é um idiota’, e ‘Você está desperdiçando meu tempo’.
17. Deixar de expressar gratidão. “A gratidão não é um recurso escasso, tampouco um recurso caro. É tão abundante quanto o ar. Nós a inspiramos, porém nos esquecemos de expirá-la.” Quebre o hábito de nunca agradecer, agradecendo, e ao maior número possível de pessoas ao nosso alcance, sem nunca cansar.
18. Castigar o intermediário: esse hábito é um híbrido sórdido dos números 10, 11, 19, 4, 16 e 17, com uma forte dose de ira misturada.
19. Passar adiante a responsabilidade: “Essa é a falha de comportamento pela qual julgamos nossos líderes — trata-se de um atributo negativo tão importante quanto qualidades positivas como capacidade mental, coragem e inventividade.”
20. Uma necessidade excessiva de “me” colocar no centro: fazer “dos nossos vícios virtudes” porque expressam quem somos resulta em lealdade equivocada — o que pode vir a ser “um dos obstáculos mais difíceis de vencer se quisermos uma mudança positiva e duradoura em nosso comportamento”.
Goldsmith inclui um outro hábito de “brinde” à lista: a obsessão pela meta ou, em outras palavras, um envolvimento em um grau tão elevado pelo cumprimento de uma meta que acabamos perdendo pé da razão pela qual trabalhamos tanto, e o que de fato vale a pena na vida.
Podemos mudar nosso futuro mudando a forma como agimos.
O segredo para um futuro melhor repousa igualmente em saber ouvir o que outros têm a nos dizer sobre nosso comportamento.
Aprendemos melhor se as lições que os outros têm a nos ensinar nos chegam sob a forma de conselhos úteis sobre coisas que podemos mudar.
O segredo do sucesso corporativo é trabalhar em harmonia com os outros.