Em 2002 tive a oportunidade de participar de um Seminário com Pedro Mandelli.
Ele é professor em modelo organizacional, processos de mudanças, liderança e desenvolvimento de pessoas.
Autor de livros e publicações sobre liderança, carreira e mudança organizacional dentre outros cito o Livro Muito Além da Hierarquia, leitura que devorei àquela época.
Na ocasião(e lembro como se fosse ontem), em sua palestra, ele relatou a um público de uns 70 gestores, num ambiente bem agradável e humorado, situações do cotidiano das nossas vidas correlacionadas com o dia-a-dia executivo no mundo corporativo.
Pedro Mandelli citou exemplos de nossa geração (querendo aqui dizer a minha geração e a dele – que se bem me lembro tem uns 8 anos a mais do que eu), exemplificando que nossos pais quando entravam na faixa de 50 anos, estavam solidamente posicionados em suas carreiras, tinham casamento em sua maioria estável e de muito tempo, já estavam com filhos criados, casados, morando em suas próprias casas, tinham planos de aposentadorias parrudos e com complementação salarial full, e viviam construindo planos para a aposentadoria como viagens à Europa, casas de campo, diversão, relaxamento e vivendo de renda líquida e certa!
Que na nossa época (e isso era 2002), um homem entre 50 e 60 anos, estava no segundo ou terceiro casamento, com filhos – os seus, os meus, os nossos, pagando pensão para a(s) ex(s), preocupados de se manterem empregados, competindo com a nova geração informatizada e repleta de informações, com filhos adultos ainda morando em casa, às vezes trazendo a namorada para dentro da sua casa, filhos também sem emprego, sem plano de aposentadoria, e precisando pagar plano de saúde para seus pais cujas aposentadorias não pagam as despesas deles.
Ou seja a longevidade, a concorrência com a turma da geração Y, os novos hábitos dos adolescentes, a lei do divórcio, a independência feminina, as leis trabalhistas e previdenciárias, alteraram para a nossa geração(entre 50 e 60 anos) o rumo da história que nos contaram, que nos serviram de exemplo.
E a nossa realidade é dura – trabalhar, trabalhar, trabalhar, sem ter o direito de sonhar com a aposentadoria…(aliás virou vergonha citar aposentadoria…)
E, para estar bem, no auge, em carreira ascendente, ou no mínimo “estável”, sendo entendido “estável” como sendo um profissional com alta empregabilidade, tem que se ter energia, paixão, garra, para contagiar e conquistar alto desempenho em tudo o que faz!
Hoje, num evento na empresa em que trabalho, tive a grata satisfação de participar de um novo seminário com Pedro Mandelli, não presencial(pois devido a distribuição geográfica o evento foi transmitido em vídeo-conferência para diversos auditórios simultaneamente para todo o Brasil), sem a possibilidade de debater idéias, mas com a mesma marca pessoal, a mesma energia, o mesmo carisma, o mesmo estilo de, através de exemplos da vida cotidiana, deixar impresso em nossas mentes, mensagens fortes sobre confiança, criatividade, flexibilidade para mudar, energia e paixão no trabalho, execução de alto desempenho!
Parabéns Mandelli, como já tinha citado em outra postagem, você é um dos meus gurus, busco cascatear os mesmos conceitos e estratégias na minha carreira, no meu dia-a-dia profissional que você tão bem advoga!
Obrigada por mais essa oportunidade de conviver com suas idéias!
Livro: Muito Além da Hierarquia
Pedro Mandelli
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