Li uma matéria de Alexandre Teixeira no Portal Endevor, que transcrevo na íntegra, com todos os direitos de autoria e meus elogios, por traduzir o que acredito!
Ainda não possuo, nem li o livro Felicidade S.A. citado, mas já o inclui na minha Wish List.
Creio em trabalhar por paixão, creio em render por acreditar no que faço, creio em atuar pela causa, pelo resultado!
Acredito sim em ter uma remuneração justa, meritocrática, composta pelo valor do profissional no mercado: – composto de seu preparo/”knowledgement”, seu expertise no negócio, o valor que ele agrega à organização
– somado aos incentivos diversos que vão, de acordo com a empresa e com o cargo, dos famosos Bônus por Lucros Empresarias, das Gratificações associadas às comissões, aos treinamentos ou viagens sabáticas, Planos de Retenção de Talentos, Benefícios diferenciados, etc.
Tudo isso faz parte do KIT a ser avaliado e da escolha que nos faz pertencer à essa ou àquela empresa, o que faz valer à pena!
O que não acredito é focar todo o seu plano de atuação profissional em desempenhar apenas o que está relacionado aos indicadores que serão medidos para os Bônus e deixar de lado tudo o que não é medido, ou o que não será remunerado em forma de bônus.
Isso a meu ver, barateia o profissional e faz tudo ser meramente financeiro, relevando a paixão à sua carreira, ao seu desempenho, a mera troca por um valor em sua conta corrente.
Ressalva seja feita aos cenários em que a remuneração não é justa e todas as formas de reconhecimento ao profissional se tornam relacionadas aos Bônus Anuais, aí a famosa PNL vira o pote de ouro, depois da tempestade, no final do arco-iris!
Vamos ao artigo:
“Não seja orientado no trabalho exclusivamente pela receita e pelo lucro.
Abra espaço também para a satisfação.
Esta é uma semana especial para mim.
Estreio minha coluna no Portal Endeavor e lanço meu primeiro livro, o Felicidade S.A.
Nos dois espaços, o propósito é o mesmo: colocar a busca da felicidade no trabalho na agenda dos homens e das mulheres de negócios do Brasil.
Sobretudo na sua agenda de empreendedor. Ela já está lotada, eu sei.
Mas vou me dedicar a partir de hoje a te convencer de que vale a pena abrir espaço para a satisfação.
A tese central de meu livro é a redução, em termos relativos, do papel do dinheiro em nossa relação com o trabalho. O ponto a enfatizar é a decadência da monocultura financeira.
A corrida para comprar felicidade, pela via do consumo, está na origem da epidemia de infelicidade dos últimos anos.
O Gallup estima o custo da crise de desengajamento em US$ 300 bilhões anuais, só nos Estados Unidos, devido à perda de produtividade.
Por trás do baixo engajamento, há uma crise de propósito.
Tamara Erickson, uma professora da escola de negócios de Harvard, apontou um caminho quando escreveu que o significado é a nova moeda.
O desafio, em parte, é reverter a tendência, radicalizada nas últimas décadas, de transformar toda tarefa interessante em algo que se faz por dinheiro.
Há até um nome técnico para esse fenômeno: Efeito Superjustificativa.
Metas e bônus estão na berlinda.
“Frequentemente tratamos nossos funcionários como ‘cachorros de Pavlov’: se lhes dermos incentivos financeiros adequados, podemos conseguir que façam qualquer coisa”, disse recentemente o consultor em inovação Gary Hamel.
Está em curso nos Estados Unidos uma disputa que vai reverberar com força por aqui: Wall Street versus Startups.
Wall Street, que por décadas atraiu os melhores e mais brilhantes jovens profissionais, enfrenta hoje uma crise de recrutamento.
Uma enquete de 2011 com 6,7 mil jovens profissionais listou Google, Apple e Facebook como os locais de trabalho mais cobiçados.
O banco mais bem colocado no ranking, JP Morgan Chase, ficou em 41º lugar.
Em 2008, 28% dos formandos de Harvard optaram por um emprego em finanças.
Três anos depois, esse número já havia caído para 17%.
Jovens ambiciosos e bem formados ainda querem – e continuarão querendo – ser bem remunerados por seu trabalho.
Na policultura organizacional contemporânea, porém, querem também um propósito para o que fazem.
E, no sentido mais amplo da expressão, a sensação de que podem mudar o mundo.
Minha primeira mensagem neste espaço, portanto, é: use recompensas financeiras e bônus sim – mas com moderação.”
Autor | “Felicidade S.A” Ponha a felicidade na sua agenda
Alexandre Teixeira é jornalista de economia e negócios. Passou pelas redações de Época Negócios, IstoÉ Dinheiro, Valor Econômico e Jornal da Tarde.