Em tempos de inovação, de startups, incubadoras, aceleradoras, empresas jovens, criativas, repletas de geração millenium, jovens empreendedores, designers digitais, exalando novos estilos de modelar e fazer negócios, o ambiente de trabalho, mesmo os das grandes empresas, está mudando, recebendo novos ares, salas cheias de post-its nas paredes, ambientes com pufs, mesas de sinuca, sala de games, dando asas à imaginação criativa.
Nesses espaços um novo estilo de gestão, um novo dresscode se estabeleceu e a sisudez e o cinza dos ternos e taillers não ditam mais o dia-a-dia das organizações que estão se reinventando através da parceria com a necessária inovação em prol da sustentabilidade.
Por isso, os profissionais que interagem com o ar do novo, respiram novas cores, nova forma de se comunicar, e a jovialidade contagia.
E chegamos a uma pergunta que tem estado na cabeça de muitos profissionais:
Como transmitir uma imagem criativa, alegre e divertida, sem perder a elegância profissional, a postura e estar aderente ao dresscode da empresa e adequada às ocasiões condizentes ao trabalho inovador?
A consultora de estilo e Imagem Renata Barros escreveu um artigo bem interessante que transcrevo a seguir:
“A nossa rotina diária, cheia de responsabilidades, deveres e compromissos nos impõem tantas regras, que sem percebermos, por meio das nossas roupas, maquiagens, acessórios e até penteados de cabelo, projetamos todos os sinais dessa “carga pesada” em nossa imagem; chegando ao ponto de confundirmos a nossa identidade pessoal com os papeis sociais que representamos.
Após algumas pessoas me pedirem ajuda sobre como poderiam transmitir uma imagem mais divertida e amigável ou aprenderem a se vestir para ocasiões mais informais, como um simples churrasco ou festinha de criança, entendi que a nossa rotina “cinzenta” muitas vezes rouba a nossa espontaneidade e consequentemente, nos desapropria da capacidade de nos vestirmos para ocasiões que requerem apenas a nossa alegria.
Por isso, a proposta deste artigo é fazermos um caminho inverso dos símbolos que nos remetem a formalidade, seriedade, austeridade e outros “ades” da vida e apresentar alguns códigos do vestuário que nos reconectam a criatividade, diversão e a alegria do bom final de semana.
Algumas peças incorporadas ao dia-a-dia podem trazer leveza e acolhimento à nossa imagem pessoal, sem necessariamente descaracterizar os papeis que temos que desempenhar. São elementos traduzidos sob aspectos de conforto e acessibilidade que combinam com qualquer pessoa, desde que estejam em harmonia com o momento e o ambiente em questão.
Os elementos abaixo constituem uma pequena parte do universo desses símbolos e são responsáveis por comunicarem uma identidade visual mais despretensiosa e livre:
• Os sapatos estilo Oxford, tênis, estilos alternativos e sapatilhas, por se encaixarem nos pés confortavelmente e aderirem ao seu contorno natural, comunicam que estamos à vontade com o nosso próprio mundo e literalmente com os pés no chão – transmitindo confiança, estabilidade e liberdade.
• Camisa com colarinho desabotoado e solto indica uma mulher de cabeça aberta e flexível; refletindo uma pessoa espontânea e livre em seu trabalho. Camisetas com frases ou desenhos projetam o nosso lado lúdico e criativo, passando uma imagem comunicativa e divertida. Já as sobreposições abertas, coloridas e soltas ao corpo, como maxi colete ou quimono, demonstram a nossa receptividade e acessibilidade.
• Cores vivas como o laranja, amarelo, vermelho e turquesa dão energia e calor à roupa. Por exemplo: um conjunto marinho com toques de amarelo é profissional e ao mesmo tempo alegre, já o preto com detalhes laranja emite uma mensagem divertida.
• O corte e o penteado de cabelo também comunicam nossas atitudes pessoais. O rabo-de-cavalo por exemplo, transmite uma sensação de juventude, além de ser um dos penteados mais versáteis e fáceis de usar. Já as franjas, podem suavizar um rosto de expressões fortes e severas.
• Os acessórios se constituem verdadeiros vetores de comunicação visual. As formas geométricas como os círculos, são associados a própria vida e representam o sol, a lua, a terra e o universo. Acessórios de linhas arredondadas ou associados aos círculos como os anéis, por exemplo, são considerados graciosos e suas curvas vistas como um símbolo feminino – são livres, acolhedores e cheios de movimento.
Percebeu a importância de entendermos os códigos do vestuário?
Eles nos permitem tomar decisões relativas as nossas vestimentas, evitando a transmissão de sinais não-intencionais e ajustando a nossa imagem pessoal ao que queremos projetar – nesse caso – Criatividade, Alegria e Diversão!”