Um dos meus grandes mestres e mentores de muitas diretrizes que sigo se chama Mário Sérgio Cortella.
Não vou falar sobre sua trajetória neste post, vou deixar esse tema para outra época, quando pretendo dedicar uma semana inteira para postar sobre todos os meus ídolos e mestres!
Mas sigo seus passos através de suas palestras, artigos, livros, etc.
Acho que possuo todos os seus títulos!
Outro dia estava fazendo um curso de Inteligência Emocional, ministrado pela Fundação Dom Cabral e Cortella foi citado e o seu livro :”Qual é a tua obra?” foi indicado.
Achei muito interessante que na turma, de umas 30 pessoas, profissionais colegas de trabalho, apenas eu e a professora conhecíamos e já tínhamos lido Cortella!
Esse livro é altamente impactante e recomendo a leitura!
Conheci Cortella pessoalmente em uma palestra que ele ministrou na Intelig Telecom para um público bem restrito, uns 50 gestores, com direito a debate no final, experiência bem marcante!
Depois já assisti palestras para grandes públicos aonde fui uma tiete anônima na multidão!
Mas separei um trecho de um dos primeiros capítulos do livro “Qual é a tua obra?”
Em busca de sentido
Enxergar um significado maior na vida aproxima o tema da espiritualidade
do mundo do trabalho.
Ultimamente tem-se falado em empresa espiritualizada, líder espiritualizado.
A crescente frequência com que os termos têm adentrado no universo corporativo pode ser interpretada como um indício de que uma busca por um novo modo de vida e convivência está em curso?
É um sinal, que às vezes é positivo, outras vezes não, porque se pode cair numa dimensão esotérica, que é perigosa.
Mas a espiritualidade no mundo do trabalho é necessária.
O que é espiritualidade?
É a sua capacidade de olhar que as coisas não são um fim em si mesmas, que existem razões mais importantes do que o imediato.
Que aquilo que você faz, por exemplo, tem um sentido, um significado.
Que a noção de humanidade é uma coisa mais coletiva, na qual se tem a idéia de pertencimento e que, portanto, o líder espiritualizado – mais do que aquele que fica fazendo meditações e orações – é aquele capaz de olhar o outro como o outro, de inspirar, de elevar a obra, em vez de simplesmente rebaixar as pessoas.
Então, essa espiritualidade é a capacidade de respeitar o outro como o outro e não como um estranho e, edificar, em conjunto, um sentido(como significado e direção) que honre nossa vida. …….
O desejo por espiritualidade é um sinal de descontentamento muito grande com o rumo que muitas situações estão tomando e, por isso, é uma grande queixa.
E a espiritualidade vem à tona quando você precisa refletir sobre si mesmo; aliás, a espiritualidade é precedida pela angústia.
De maneira geral, a angústia é um sentimento sem objeto.
Quando você fica triste, é por alguma coisa.
Quando você fica alegre, é por algum motivo.
A angústia se sente e não identifica o objeto.
Você se levanta e “não sei o que está acontecendo, estou com uma coisa, um aperto aqui no peito”. É uma sensação de “vazio interior”. ……..
A espiritualidade é a resposta a um desejo forte de a vida ter sentido, de ela não se esgotar bem naquele momento, nem naquele trabalho. ……
Em relação ao mundo do trabalho, eu não tenho nem uma visão catastrófica nem uma visão triunfalista.
Acredito que nós estamos hoje com uma crise no conjunto da vida social, do qual o trabalho é apenas um pedaço. …….
Nós estamos num momento muito forte em relação aos valores.
Dessa forma, insisto, o mundo do trabalho é um mundo no qual cabe a alegria, a fruição.
Temos carência profunda e necessidade urgente de a vida ser muito mais a realização de uma obra do que a de um fardo que se carrega no dia-a-dia.
Qual é a tua obra?
Seu trabalho te realiza?