Por indicação do professor de violão, nosso querido Rubens (excelente músico, marido da minha grande amiga Silvia Barbosa e pai da Gabi e do Arthur), a Bebel trouxe para casa o DVD do Filme O Pequeno Nicolau.
E nossa programação de domingo foi assistir a esse filme tão agradável!
O filme é uma adaptação das histórias infantis de René Goscinny e Jean-Jacques Sempé.
René Goscinny criou o famoso personagem ASTERIX. Esse filme ficou 3 semanas no topo da bilheteria na França e repetiu esse sucesso no Brasil.
Não é o que se pode chamar de um filme infantil, pois muitos avós e avôs vão voltar no tempo, muitos pais vão relembrar valores, culturas, mobiliários, cabelos, de suas épocas de infância.
E os temas abordados a meu ver, são todos, bem atuais.
E os que não são, nos trazem(pelo menos a mim trouxe) saudades dos tempos de mais disciplina e educação nas escolas.
Eu me deliciei com o filme!
Bem feito, bem escrito, os atores são bons: O Pequeno Nicolau é um filme muito agradável!
Segue o que posso destacar do filme:
O filme começa um ambiente escolar com Nicolau e seus amigos precisando fazer uma redação sobre o que querem ser quando crescerem.
Aqui a abordagem da orientação profissional e a influência dos pais, de suas profissões e de seus anseios.
Nicolau não sabe o que quer ser.
Passamos então ao rigor de sala de aula, ao desempenho dos questionários orais, aos alunos preferidos e aos preteridos da professora, o momento da entrega dos boletins e a reação dos pais.
Os bons alunos, os diferentes estilos de aprendizagem, o aluno sonhador!
Vivências do grupo de amigos, das diferenças de brincadeiras entre Bolinhas e Luluzinhas, questões de relacionamentos familiares.
Engloba a chegada de um irmão na família de um amigo, e desponta o debate sobre o medo e a ameaça de perda de poder e atenção, do carinho dos pais, quando da chegada de um irmão.
Nesse ponto da trajetória do filme Nicolau, que levava uma vida tranquila com os pais e especialmente com a mãe, escuta uma conversa dos pais pela metade e deduz que a sua mãe está grávida novamente. Esse prejulgamento o coloca em posição de ameaça e de defesa em relação aos pais, e o enredo continua. Não vou contar todos os detalhes, para não perder a graça.
Outro ponto que me chamou a atenção no filme foi o relacionamento profissional do pai do Nicolau com seu chefe, submisso, e implorando por atenção, deferência e por um aumento de salário!
Essa necessidade de reconhecimento financeiro se devia principalmente pelas exigências de sua mulher(a mãe do Nicolau)!
Ele(o pai de Nicolau) resolve então convidar o chefe e sua esposa para um jantar em sua casa.
Para receber o casal em sua casa, a mãe do Nicolau, imaginou a esposa do patrão uma mulher extravagante, exuberante e preparou um jantar desprovido de naturalidade, teatralizando ser uma mulher que não era, para aparentar um requinte a altura da “patroa”.
Na hora do jantar, uma surpresa…. vale assistir!
E aonde entra o :-Quero fazer as pessoas rirem e o irmãozinho?
Assista o filme!
Moral da história: Prejulgar, preocupar, precipitar pode levar a situações desnecessárias e indesejadas