Semana Santa é período de muita meditação, insight, espiritualidade….
Retorno às origens, ao ceio familiar…
Pensar na Santa Ceia, na Cerimônia do Lava-pés….
No Sacrifício da Jornada da Cruz….
No Morrer por Nós!!!!
No Renascimento!
E as palavras que sempre me vêem à mente são:
Renúncia!
Despojamento!
Despojar no Dicíonário – des·po·jar – de origem espanhola, despojar, do latim despolio, -are, espoliar, esbulhar, pilhar
verbo transitivo
1. Desapossar; privar de.
2. Despir.
3. Roubar, saquear.
verbo pronominal
4. Desapossar-se.
5. Despir-se.
6. Desembaraçar-se.
Fonte: “despojamento”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/despojamento [consultado em 13-04-2014].
E sempre penso no quanto, nos dias de hoje, torna-se cada vez mais difícil nos despojarmos, abrirmos mão, renunciarmos, nos privarmos de coisas tão sem valor, que nos apegamos como símbolos de poder, de cobiça e de consumo.
Nosso amor, simbolizado através do tamanho de um brilhante na aliança;
Nossas celebrações de aniversário, de casamento, de formatura, até de chegada de bebês pela ostentação de nossas festas;
Nossa aparência através das jóias, das grifes, do estilo;
Nosso status social através das nossas posses, das viagens que postamos nas redes sociais, dos eventos que somos convidados;
Nosso tempo medido através de relógios suiços, ou agilizado através do estado da arte da tecnologia;
Nossos filhos competindo pelos melhores colégios desde o maternal, pelas viagens internacionais, games, filas nas lojas internacionais em shoppings de luxo;
Nossas famílias sendo segregadas pelo bairro que moramos, clube que frequentamos, nossas escolhas para nossas férias;
Nosso deslocamento se diferenciando mais e mais através da chave do carrão do ano;
Nosso poder sendo demonstrando através do dinheiro, cartão de crédito super especial, carteira de grife, caneta de grife, IPAD, IPOD, IPHONE….
Isso sem citar nosso cargo, nosso crachá, etc, que já não indica segurança, mas que pode atingir muita gente.
Hoje, sempre penso e levo minhas filhas a meditar, seguindo a procissão de Sexta-feira Santa numa cidade do interior de MG, que somos um só, iguais.
E que o exemplo de renúncia e despojamento da Cerimônia de lava-pés nos lave a alma!
E que o exemplo de renúncia e despojamento da Cruz nos inspire a sublimar as dores de nossa caminhada!
E que o exemplo de renúncia e despojamento do Renascimento nos Fortaleça para a Fé em Dias Muito melhores!