Recebi esse Artigo, cedido pelo Coach Alex Ribeiro, como um presente, exatamente na semana oficial de agendamento dos feedbacks da minha empresa!
Meditei muito em tudo o que tenho estudado, e reavivei em minha alma, e em minha conduta de líder as melhores práticas da psicologia positiva para me engajar nesse processo. E posso dizer que, me fez muito bem! Agradeço de coração! Compartilho para que outros líderes possam meditar e colocar em prática essa ciência, a da retroalimentação positiva!
“Uma das maneira mais eficientes de projetar pessoas é retroalimentando elas. Olha que interessante, o nome usado para o processo de feedback em espanhol é Retroalimentação. O nome pode até gerar estranheza para alguns, mas certamente o termo Retroalimentação soa mais leve e menos traumático do que o tradicional Feedback.
Achei o termo Retroalimentação muito interessante porque esta palavra se desvincula do tradicional termo Feedback e seus respectivos sinônimos pejorativos negativos. Basta que lembremos das últimas vezes em que recebemos feedbacks que aquela sensação incômoda aparece. Arrisco dizer que a maioria dos leitores do artigo irá sentir aquele friozinho na barriga só de pensar em receber novos feedbacks.
Pensando no assunto Retroalimentação lembrei do modelo tradicionalmente usado, o Feedback sanduíche, e fiquei preocupado ao correlacionar os possíveis resultados dessa e das demais abordagens com relação às melhores práticas das relações construtivas, das conversas eficazes e do modelo de processamento cerebral.
Apesar das inúmeras e inevitáveis pressões do dia a dia por resultados de curto prazo, e da formalização tradicionalmente exagerada dos processo de avaliação de desempenho nas empresas, nosso cérebro não mudará o seu modelo de processamento! É fisiológico. É neste ponto que a maioria das empresas e seus respectivos representantes introspectam a negação com relação a eficácia deste processo de feedback, adotando um cronograma e premissas rígidas e generalistas que serão replicadas para toda a organização. Que impressão fica? Arrisco uma visão: Processo formal e obrigatório sem eficácia e desmotivador para a grande maioria dos colaboradores. Como executivo eu sempre tive a impressão de que as épocas do ano de menor desempenho da empresa eram justamente as épocas dos recebimentos de feedbacks.
O que acontece ao recebermos uma convocação para uma entrevista de feedback? Geramos expectativas, e com exceção de um grupo de pessoas naturalmente otimistas e/ou absolutamente confiantes em todos os aspectos da vida, a grande maioria irá lembrar de vários insucessos do ano contra pouquíssimas realizações positivas. Com esta expectativa negativa criada o profissional entrará em um estado emocional de estresse que reduzirá a atuação do neo cortex (cérebro racional) sobre o assunto. Então o profissional começará a se preparar para atacar ou defender. Pessoas funcionais começam a anotar justificativas e a procurarem culpados enquanto pessoas disfuncionais podem até tomar atitudes contra a própria vida e a dos colegas da empresa. A esta altura o que o profissional fez bem feito durante o ano já ficou em segundo plano!
Em um curso de neuroliderança que tive a oportunidade de participar no Rio de janeiro em 2014, ministrado pelo excepcional Coach Executivo e profundo conhecedor de neurociência o Carlos Diz, um dos temas foi justamente a “conversa eficaz”, aquela na qual a comunicação atinge seus objetivos. Durante este tema o Carlos citou também o processo imunológico realizado pelo nosso cérebro ao receber sugestões e idéias. Se quem escuta não compra a ideia do outro, o cérebro trata de encapsular esta ideia ou sugestão e destruí-la, sem julgamento de valor, ou seja, pode ser a melhor idéia ou sugestão do mundo e ainda assim será veementemente desprezada.
A retroalimentação é um processo de doação de quem o oferece, e precisa de muita energia e tempo dedicado para que seja eficaz.
Possíveis melhorias no processo de retroalimentação? Além da tradicional recomendação de dar feedbacks constantes vale citar algumas ideias como:
· Ampliar a constância dos feedbacks com uma estratégia de reforço aos estados emocionais positivos e adequados, usando a proporção de 10 x 1, é isso mesmo, 10 feedbacks completamente positivos para cada um que possa parecer, ou seja negativo. Pesquisas indicam que esta é a proporção entre feedbacks positivos e negativos para que as pessoas que recebem estes feedbacks estejam efetivamente abertas e respeitem o suficiente ao interlocutor a ponto de processar, e principalmente agir para mudar o que for necessário;
· Planejar os feedbacks com antecedência com foco no que a pessoa vai querer ouvir, nos benefícios diretos e no que será realmente importante para ela, e não no que você ou a organização querem.
Parto do princípio de que a maioria dos leitores deste artigo tenha grande experiência com o tema e por isso não investi tempo apresentando todos os modelos de feedback atuais ou as regras para uma conversa eficaz. A intenção foi falar sinteticamente do processamento cerebral envolvido e também gerar novas reflexões sobre o tema que ajudem a ampliar abordagens quando um processo de “Retroalimentação” for necessário, colaborando para que mais pessoas possam ser projetadas.”
Alex Ribeiro