Tem dias, especialmente às sextas-feiras, que me sentia assim, como na foto: carregando uma pedra muito pesada montanha acima!
Sentia o peso da responsabilidade!
Da responsabilidade pela família, alegre, unida, em segurança e harmonia.
Da responsabilidade pela melhor educação das minhas filhas!
Da responsabilidade de estar tudo perfeito em casa.
Da responsabilidade profissional.
Da responsabilidade de manter minha empregabilidade e de ter uma carreira ascendente.
Da responsabilidade de me manter saudável e apresentável.
Da responsabilidade de ser boa filha.
Da responsabilidade de preservar minhas verdadeiras amigas (e amigos tb).
Da responsabilidade de ter sempre os melhores feedbacks em todos os aspectos da vida, ou da maioria deles.
Um dia uma médica me disse que eu estava sofrendo da Síndrome de Atlas, que era o entender como verdade máxima que eu tinha que carregar o mundo nas costas!
Sinceramente eu preparo e confio nas pessoas com as quais eu trabalho, eu delego muito as atividades, mas o fato de querer fazer tudo bem feito, de ter tudo sobre controle, de estar sempre atualizada com todas as informações disponíveis (isso é possível hoje em dia?), de tentar antever todos os riscos, todas as possíveis ameaças ou situações de problemas, no trabalho, em casa, nas provas das meninas, com a alimentação, com a saúde, com meus pais,etc,etc…. isso tudo foi me deixando elétrica e atenta, em verdadeiro estado de alerta eterno!
Conclusão: Curto-circuitei!
Parei, fui pensar na vida, fiz uma verdadeira análise SWAT de cada aspecto da minha vida pessoal e profissional, fui revisitar a Mitologia Grega, que tanto estudei na época em que fiz Curso de Astrologia em 1990, e entender o Mito do Atlas, para “descarregar” o Mundo das minhas costas!!!
Ufa, Nossa, Que alívio!!!
Vocês já leram a postagem sobre meus desejos para 2011, resultado dessa catarse?.
Estou bem mais leve!!!
De verdade, até fisicamente, vários quilos já foram deixados no caminho!
Muito suor!
Virei malhadora!!!
Mas muitas noites bem dormidas, acreditem voltei a dormir de 6 a 8hs por noite!!! Todas as noites!!! Para quem estava dormindo cerca de 3hs em média por noite nos últimos 4 anos, é um verdadeiro milagre!!!
Virei blogueira e estou muito feliz por isso!!!
Estou mais leve, mais alegre, continuo ainda trabalhando muito, produzindo muito, organizando tudo, mas gerenciando muito melhor meu tempo, equilibrando de forma muito mais prática cada dia da minha vida e esquentando menos a minha cabeça, me aborrecendo menos com os detalhes pequenos que não são reconhecidos como de valor!
Só tenho a agradecer a médica que me fez pensar no Atlas!!!
E para falar um pouco do Mito de Atlas, segue o que achei na Wikipédia:
Atlas era filho de Gaia com Urano. Pertencia à geração divina dos seres desproporcionados, violentos, monstruosos – encarnação das forças selvagens da natureza nascente, dos cataclismas iniciais, com que a terra se arrumava para poder receber, num regaço mais acalmado, a vida e a sua cúpula consciente: os humanos.
Atlas, com outros titãs, forças do caos e da desordem, pretenderam alcançar o poder supremo, pelo que atacaram o Olimpo e combateram ferozmente Zeus e aliados: as energias do espírito, da ordem, do Cosmos. (Ou, noutra versão, aliou-se aos demais titãs para resistir à revolta liderada por Zeus).
Zeus, triunfante, castigou seus inimigos – escravos da matéria e dos sentidos, inimigos da espiritualização harmonizadora – lançando-os no Tártaro, a região mais profunda do Hades, para que de lá nunca fugissem. Reservou para Atlas, porém, uma pena especial: pô-lo a sustentar, nos ombros e para sempre, o céu.
Atlas, assim punido, passou a morar no país das Hespérides (as três ninfas do Poente: Eagle, Eritia, Hesperatetusa).
Geralmente, Atlas é retratado sustentando um globo sobre os ombros. Esse fardo foi temporariamente aliviado por Héracles (Hércules) durante um de seus 12 trabalhos, mas Atlas foi enganado e voltou a carregar os céus sobre os ombros.
Consistiu este episódio no seguinte: tinha Hércules de apanhar algumas maçãs de ouro que nasciam no jardim das Hespérides (12º trabalho). Alertado por outro titã (Prometeu) de que apenas Atlas poderia fazê-lo impunemente, propôs a este que o fizesse, enquanto sustentava a abóboda celeste. Aliviado do grande peso, Atlas retorna, dizendo que ele mesmo faria a entrega das maçãs a Euristeu.
Percebendo o engodo, Hércules finge aquiescer e, pretextando colocar antes um anteparo sobre seus ombros, pede ao titã que sustente os céus por um momento – ao fazer isto, o herói parte, levando as maçãs, deixando a Atlas o seu eterno suplício.
Segundo uma das versões existentes, Atlas foi posteriormente libertado de seu fardo e tornou-se guardião dos Pilares de Hércules, sobre os quais os céus foram colocados, e que também eram a passagem para o lar oceânico de Atlântida (o Estreito de Gibraltar). Seu nome passou a significar “portador” ou “sofredor”. Outra versão conta que Perseu o petrificou mostrando lhe a cabeça que havia arrancado da Medusa, transformando o titã Atlas no que hoje é o Monte Atlas.
Por ser o senhor das águas distantes, o Oceano além do Mediterrâneo homenageia o titã: Atlântico.
O Atlas é ainda a Cordilheira que ergue-se para o céu, separando o norte da África do restante do continente.
Finalmente, na cartografia, Atlas é o coletivo de mapas, a coleção de cartas que representam o planeta Terra.
Além de emprestar seu nome a estas acepções, Atlas nomeia a primeira vértebra da coluna cervical – uma clara referência ao local onde sustentava o gigantesco peso a que fora condenado suportar.