Um conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando consigo um pequeno fardo.
Após cumprimentar os presentes, em silêncio, enfeitou uma mesa forrada com toalha branca de seda, com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas.
Em seguida apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e os distribuiu sobre a mesa com graça.
Logo depois, diante do assombro de todos, em meio aos demais objetos, colocou uma pequenina lagartixa, num frasco de vidro.
Só então se dirigiu ao público perguntando:
– O que é que os senhores estão vendo?
E algumas vozes responderam discordantes:
– Um bicho!
– Um lagarto horrível!
– Uma larva!
– Um pequeno monstro!
O conferencista então considerou:
– Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos!
Os senhores não enxergaram o forro de seda branca que recobre a mesa.
Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume.
Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades.
Mas não passou despercebida aos olhos da maioria, a pequena lagartixa…
E, sorridente, concluiu:
– Me pediram para subir a este palco para falar sobre crítica, portanto, nada mais tenho a dizer.
Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas valorosas da vida e das pessoas?
Se seu filho mostra seu boletim escolar repleto de boas notas, mas com apenas uma nota baixa em determinada matéria, qual é a sua reação?
Você enfatiza e elogia as notas boas, ou reclama da nota baixa?
Quando agimos assim, sem perceber podemos estar contribuindo para a formação de uma geração que será caracterizada pelo que não é, e não por aquilo que é.
E assim acontece em muitas situações da nossa vida; em vez de focarmos nas flores e nas perolas, colocamos nossa atenção na “lagartixa”.
Tente substituir a crítica pelo elogio e pelo reconhecimento.