Em momentos de stress e ansiedade, sentimentos de medo, de vergonha, de raiva, de culpa nos envenenam e geram um ciclo de pânico e depressão.
Perdemos o foco nas ações e o controle das emoções e dos pensamentos.
É nesse momento que precisamos romper as barreiras e vigiarmos nossos pensamentos, nossas reações instintivas e reduzirmos a possibilidade de sermos reféns de pensamentos invasivos e negativos.
Dennis Greenberger nos diz que mudamos o que sentimos, mudando como pensamos.
Para controlar melhor os nossos pensamentos e equilibrar melhor as suas emoções, seguem algumas dicas (baseadas em Terapia Cognitiva):
1 – Para administrar melhor uma situação adversa ou negativa, comece examinando os pensamentos que você tem sobre essa situação.
Pensamentos são cognições: “Não é uma situação que determina como nos sentimos, mas sim a maneira como a construímos.”
2 – Equilibre suas emoções cuidando de suas cognições.
Cognições ocorrem quando formamos ideias sobre as situações do dia a dia.
Elas ocorrem na forma de pensamentos, imagens mentais e sensações, e colaboram para o surgimento de reações emocionais, físicas e comportamentais.
Então, quando sentir uma sensação desagradável ou humor alterado, procure lembrar o que passou em sua mente antes de ter essa alteração emocional: raiva, medo, tristeza, ansiedade… Enfim, qualquer tipo de emoção negativa.
3 – Identifique suas cognições.
Examine os pensamentos negativos que surgem em sua mente automaticamente em determinada situação.
Eles são involuntários, rápidos, automáticos, e geralmente recebem grande crédito de nossa parte.
Tanto, que afetam o nosso bem-estar emocional, deixando nosso humor quase ou totalmente negativo, físico e comportamental.
4 – Quando você perceber, em determinada situação, que o seu humor está alterado, suas emoções de tristeza, medo, raiva etc. estão carregadas, pergunte-se: “O que está passando em minha cabeça agora? “
É uma pergunta poderosa!
Um pensamento negativo pode alterar completamente seu humor, seu estado de espírito.
Quando seu humor voltar ao normal, pergunte-se novamente:
“O que foi que passou pela minha cabeça naquele instante?”,
“Que emoção foi tão forte a ponto de mudar o meu estado emocional anterior?”,
“Qual foi a intensidade dessa emoção?”.
5 – Desafie o seu pensamento negativo.
Geralmente uma situação, nos leva a potencializar os eventos negativos e a desconsiderar os positivos.
Questione:
“Quais são as evidências ou provas que o fato será negativo?”
“O que de positivo pode ocorrer?”
6 – É importante perguntar se o pensamento negativo que está ocorrendo naquele momento é a única maneira de avaliar a situação ou é apenas uma alternativa entre outros pensamentos que poderíamos ter tido.
E pergunte-se: “Não haveria outra forma de pensar naquela situação?”,
“Como outras pessoas agiriam naquela situação?”,
“Qual conselho você daria a um conhecido que estivesse naquela mesma situação?”.
7 – Avalie se seus pensamentos ajudam você a alcançar sua meta.
“Qual é nossa meta?”
“O que queríamos ou esperávamos naquele momento?”
“Esse pensamento negativo ajuda ou atrapalha minha meta? Ele é útil para mim? Colabora para o meu bem estar?”.
8 – Examine o seu pensamento negativo.
Temos tendência a fazer tempestades em copo d`água, gerarmos catástrofes desnecessárias, acreditar que aquela situação será permanentemente negativa, quando na verdade ela é passageira.
E podemos personalizar e acreditar que não será possível receber nossa própria ajuda, nem a de outras pessoas.
Mas se você estiver realmente diante de um problema, veja se essa é uma oportunidade de crescimento e amadurecimento verdadeiro.
Não perca tempo, crie um plano de ação para que você alcance sua meta tendo reais benefícios.
E seja positivo!
Fonte: Livro “A mente vencendo o humor – mude como você se sente, mudando o modo como você pensa”
Autores: Dennis Greenberger e Christine A. Padesky
Editora Artmed
