Os tradicionais programas desenvolvimento de líderes nos ensinam técnicas para melhor comandar, motivar e obter o máximo resultado dos subordinados, alunos ou filhos – o referencial, portanto é o outro.
Mas não nos ensinam a lidar com nossas próprias emoções.
Infelizmente, não nos ensinam a ser líderes mais eficazes de nossas vidas.
O problema é que, ao liderar, muitas vezes desafiamos as pessoas a mudar seus hábitos, posturas, atitudes, comportamentos, modos de pensar, enfim, modificar a forma de encarar suas vidas.
Mas, para ser efetiva, a mudança deve começar dentro de cada um de nós.
Mahatma Gandhi dizia algo que cai como uma luva aqui:
“Nós devemos ser a mudança que desejamos ver no mundo.”
Ou seja: quando deseja mudar algo, o líder deve começar a mudança por si mesmo.
Só assim pode inspirar pelo exemplo e não apenas pelo discurso.
“Antes de pretender liderar os outros, é preciso aprender a liderar a sua própria vida.”
Esta é a sugestão que sempre procuro dar principalmente aos jovens líderes.
A competência de liderar a si mesmo não é uma questão técnica.
Trata-se de algo intangível.
Para liderar a si próprio, cada um precisa ter uma clara percepção de seus pontos fortes e fracos, suas emoções e necessidades, seus desejos e impulsos.
Quem se conhece bem sabe aonde quer chegar e por quê;
prioriza seus princípios e objetivos, ainda que isso implique a recusa de ofertas financeiramente tentadoras; não toma decisões que causem insatisfação interior por ferirem valores profundos.
Por isso, em vez de recrutar pessoas que agem exatamente como você, à sua imagem e semelhança, como ocorre na maioria das vezes, convém aprender a dotar sua equipe de competências complementares às suas.
Mesmice rima com competitividade?
Não; o que rima com competitividade é diversidade!
Perceber as mudanças que você precisa promover em si mesmo é uma condição fundamental para aumentar sua capacidade de liderar eficazmente outras pessoas.
Do Livro: O Caminho das Estrelas – um mapa para transformar sonhos em realidade
Autor – César Souza