Projetando Internacionalmente a Carreira de Matemático

12 abr 2016

aida


Hoje conto com o depoimento da minha amiga de faculdade Aida Pedrosa, contando sua trajetória internacional na carreira que eu também escolhi!


Acabei a minha licenciatura em Matemática – Modalidade Informática na UFRJ em 1980, juntamente com uma turma maravilhosa, a qual mantenho contacto até os dias de hoje.


Durante o último ano do curso que teve a duração de 4 anos, fiz um estágio na Embratel, o qual finalizou juntamente com a graduação em Dezembro de 1980.


Após 4 meses de formada, em abril de 1981, ingressei na empresa que mais gostei de trabalhar até hoje:


EDISA – Eletronica Digital S.A, uma empresa gaúcha, fundada em 1977, e que inicialmente vendia minicomputadores da Fujitsu do Japão (https://www.facebook.com/Edisa-Inform%C3%A1tica-SA-165472060164932/notes/)


Nessa empresa fazia tarefas de pré-venda (demonstração de minicomputadores); e pós-venda (formações; implantação de aplicações). Foi nessa empresa que comecei a trabalhar com o sistema operacional UNIX e com a linguagem de programação COBOL para Unix.


Ao fim de 4 anos na Edisa, resolvi tentar novas experiencias e acabei me mudando para a COBRA-Computadores Brasileiros. Porém só aí fiquei por 6 meses, pois por razões familiares, e também devido a entrada de Portugal na CEE, me mudei para Portugal onde vivo até hoje.


Cheguei a Portugal em outubro de 1985, e imediatamente comecei a trabalhar numa empresa da área de construções, nomeadamente na área de Concreto, que em Portugal se chama "Betões".


A empresa onde fui trabalhar era a "Betão Liz" (http://betaoliz.pai.pt/) que nessa altura não tinha departamento de informática próprio. Minha função ao ingressar nessa empresa foi de implantar o departamento de informática.


Tive de analisar todo o fluxo de informação de empresa. Para isso tive de analisar todos os inputs que eram enviados a uma empresa externa que processava os dados e devolvia os resultados em forma de relatórios.


Comecei por definir qual computador seria comprado e também o sistema operacional. Optei por um mainframe da Unisis, com sistema operativo UNIX, e linguagem de programação Cobol para Unix.


Após a instalação do sistema, comecei sozinha a desenvolver todos os programas necessários para processar os dados e obter as mesmas informações que a empresa externa fornecia. Tarefa árdua, para uma pessoa só. Mas ao fim de 2 anos, estavam todos os programas em produtivo, todos os programas que tratavam das guias de remessa (digitadas manualmente, inicialmente por mim e mais tarde por uma nova funcionária do departamento, a 2ª pessoa além de mim). Todos os programas que controlavam as vendas e as contas correntes dos respectivos clientes.


Depois o departamento foi aumentando, houve necessidade de pessoas para tratar das comunicações e outros requisitos. Ao fim de alguns anos, os meus programas foram substituídos por outros de tecnologia mais recente, mas eu sempre continuei sendo a pessoa que liderava o departamento a nível de software aplicativo.


Ao fim de 8/9 anos após o meu ingresso na Betão Liz, em 1995 a empresa foi vendida para um grande grupo cimenteiro: a CIMPOR-Cimentos de Portugal, e 1 ano após a venda, em 1996 fui transferida para sede da Cimpor, trabalhando no departamento de informática lá existente, juntamente com uma equipe de cerca de 20 pessoas entre software e hardware.


De 1996 a 2000, só mudei o local de trabalho mas continuei dando suporte a Betão Liz e outras empresas de "betão" do grupo, agora num AS400 da IBM.


Em 2000, a Cimpor juntou-se ao mundo SAP ! E toda a equipe do TI foi fazer cursos e certificações nos vários módulos do SAP . Eu fiquei com os módulos de SD (Sales and Distribution) e ABAP, a linguagem de programação do SAP. Fiz certificação de SD no ano de 2000, e de ABAP no ano de 2002.


Desde então tenho sempre trabalhado em SAP ( SD e ABAP ). Trabalhei na Cimpor de 1996 até outubro de 2012.


No ano de 2012 a Cimpor passou para as mãos da brasileira Camargo Correia.


(http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/camargo-correa-conclui-aquisicao-da-cimpor-e-avanca-no-brasil.)


A partir de então, a Camargo começa a preparar uma reestruturação que culminou com o acordo com cerca de 60 pessoas da sede com idades próximas dos 55 anos, das quais eu fui uma delas. Esse acordo consistia na pré-reforma dessas pessoas e a partir de outubro de 2012, saí da Cimpor e passei a ser pré-reformada da Cimpor. (Pré-reforma é um acordo entre a empresa e o funcionário segundo o qual a empresa continua pagando ao funcionário como se estivesse no ativo, mas sem algumas obrigatoriedades).


Porém, com 55 anos, ainda me sentia muito ativa e resolvi continuar a trabalhar, e assim, em fevereiro do ano seguinte (2013), comecei a trabalhar como freelancer em consultoria SAP.


Em fevereiro ingressei na CGI (https://www.cgi.com/en/offices#zoom=3&lat=21.4953&lon=-2.41792&layers=BT), como consultora SAP-SD num projecto da Johnson & Jonhson, para a península Ibérica. Projeto esse que durou até agosto de 2013.


Após uma pausa de cerca de 6 meses, voltei ao ativo, dessa vez na empresa de telecomunicações PT-Telecom (https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal_Telecom), sempre em SAP. Fiquei na PT durante todo o ano de 2014.


E em 2015, nova mudança, dessa vez para outra empresa portuguesa no ramo de bebidas e refrigerantes, a SUMOL.


(http://www.sumolcompal.pt/)


Aí permaneço até hoje, porém já não em SD mas sim ABAP, desenvolvendo todo o tipo de programas, e também impressão de formulários em SAPSCRIPT.


Tenho contrato (como freelancer) até julho de 2016, porém espero continuar nessa empresa por mais alguns anos, não muitos pois quero também aproveitar a vida e para isso preciso tempo, saúde e liberdade. Mas espero poder continuar lá pelo menos mais alguns aninhos... Pode ser que seja lá que termine minha vida profissional... sempre em SAP!


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